Semana passada, o programa Custe o que Custar (CQC- Bandeirantes) apresentou um quadro chamado “O povo quer saber” com o deputado Jair Bolsonaro. Para quem não assiste ao programa, trata-se de um quadro onde o povão faz as perguntas que quiserem a celebridades, religiosos, políticos, etc. Já houveram diversas perguntas e respostas picantes, mas nenhuma teve tanta repercussão como as de Bolsonaro. Entre as perguntas que tiveram mais repercussão estão:
P: “O que você faria se tivesse um filho gay?”
R: “Isso nem passa pela minha cabeça por que tiveram um a boa educação fui um pai presente então não corro esse risco.”
P: “Se te convidarem para sair num desfile gay, você iria?”
R: “Eu não iria porque eu não participo de promover os maus costumes.”
R:“Por que o senhor é contra as cotas raciais?”
R:“Porque todos nos somos iguais perante a lei.” –e conclui- “Eu não entraria num avião pilotado por um cotista e nem aceitaria ser operado por um medico cotista.”
E a melhor e mais polemica, feita pela sempre polêmica, Preta Gil:
P:“Se seu filho se apaixonasse por uma negra, o que você faria?”
R:“Ô preta eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu.”
Essa semana o CQC foi atrás do deputado que negou pouca coisa. Quanto a ultima pergunta ele disse que pode ter havido um engano quanto a pergunta, ou ele ouviu errado ou a produção pode ter editado errado, hipótese erradicada por Danilo Gentili que respondeu ao deputado que só havia uma pergunta feita por Preta Gil. Ele diz não gostar da figura de Preta Gil, que teria assumido em seu blog que participa de surubas, etc. Ele diz que seu filho poderia namorar com quem quisesse desde que não tenha o comportamento de Preta Gil.
Para justificar-se na questão homofobia, ele diz que nenhum pai gostaria de ter um filho homossexual e para fechar a matéria diz “Tudo o que esses bichas tem a oferecer as mulheres tem e é melhor!”
Após isso, a matéria foi encerrada, e voltaram para a bancada. Eis que então o ancora Marcelo Tás diz:
“ Eu gostaria de mostrar pro senhor deputado Bolsonaro, uma foto. E que o senhor soubesse o seguinte: Essa pessoa que está comigo se chama Luiza, ela é minha filha, ela estuda direito, essa foto foi feita em Washington, onde ela vive hoje, ela ganhou uma bolsa para ser bolsista da American Usiversity , é estagiária da OEA, Organização dos Estados Americanos , ela é gay e eu tenho muito orgulho de ser pai da Luiza. Tá Certo Deputado? (…) Gente, é hora de conviver com as pessoas,você entendeu? Amor, respeito não depende de orientação sexual, de raça, nos estamos em 2011!”
Eu não vou comentar nada, Marcelo Tás talvez já tenha dito tudo. Meus pêsames para quem vota em retardados como Mr. Bolsonaro. Se a constituição nos garante o direito de expressão, o direito de ser um imbecil, o direito de pular de um prédio. Vá em frente, aproveite seus direitos!
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