quarta-feira, 8 de junho de 2011

Canitarfall II: Enterro Sombrio

Canitarfall cópia

No ultimo capítulo, Jessica A., mãe adotiva da misteriosa Marisa estava morta, o que vez Jéssica relembrar da trágica (e também misteriosa) morte de seus pais. Bem vindo a Canitarfall, população 9983

Marisa estava lá, na frente do corpo. Sem demonstrar desespero, apenas tristeza e um pouco de ódio. Ela pegou o pequeno corpo da senhorinha e o levou, com muito esforço, até o quintal nos fundos da casa, no caminho, as mesmas gotas de chuva que molhavam o corpo, lavavam as lágrimas de Marisa, que uma a uma, finalmente escorriam pelo seu rosto.

Colocou o corpo no chão, o cobriu com um pano e entrou. Marisa já sabia o que fazer, mas só conseguiu realizar seu objetivo perto da 1 da manhã, quando finalmente a chuva parou, mostrando uma grande lua cheia no céu.

Marisa voltou para o quintal com alguns itens estranhos como pentagramas e alguns líquidos e um livro grande de capa preta muito semelhante com uma bíblia, o que definitivamente não era.

Começou um ritual estranho, com o objetivo de ressuscitar a mãe morta, meia hora depois de alguns gritos de dor e muitas lagrimas, nada aconteceu. Marisa entrou e foi dormir, simplesmente foi dormir.

Naquela noite, enquanto Marisa dormia, a terra sob sua mãe sofreu mudanças: A verde e bem cuidada grama morreu ao seu redor, o chão descia e subia em ondas enquanto o corpo chacoalhava. Jéssica chorava sangue em seus olhos brancos e chegou a levitar algumas vezes, caindo violentamente no chão após cada levitação. Finalmente o corpo cai e lá fica até a manhã seguinte.

Quando acorda, Marisa vê o corpo lá, intacto. Vendo que seu plano não deu certo, em um surto de sanidade, ela liga para o hospital, que urgentemente veio ver o que havia acontecido e, assustados, levaram a mãe e a filha para o hospital. Uma foi destinada ao necrotério a outra, ao hospital psiquiátrico. Um dos peritos olha a grama preta e alguns pequenos vermes morrendo e exclama consigo mesmo:

-Veja só, isso não foi tão recente! A velha já estava até apodrecendo!

-Tolinho- sussurra uma voz em seu ouvido.

Ele olha e não vê nada, conclui que foi apenas impressão.

Mas não foi. Não foi mesmo. Dentro da ambulância, e em camisa de força, Marisa acabara de morrer- sem explicações, sem nada…

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