terça-feira, 6 de setembro de 2011

Polêmica: Por quê literatura nacional é tão chata?

Literatura nacional, só em pensar em Dom Casmurro dá até arrepio, Iracema então… Vidas Secas, Memórias de um sargento de Milícias… É fato: Tudo isso é de chato a nauseante! Mas porquê? Na época em que foram escritos eram sucesso e hoje não passam de uma obrigação para estudantes que baixam resumos da internet leem a obra sem quase nem um gosto em 98% dos casos. Existe uma explicação?

A resposta é sim! Falta de contexto histórico. Vamos pegar alguns exemplos fáceis ao nosso entendimento: Os Flintstones-desenho sucesso durante muitas décadas no século passado- contava basicamente o dia a dia de uma família na pré história, mas o segredo está no modo ao qual era contada: O estilo era atual. Eles iam trabalhar (como nós) bebiam cerveja (como nós) andavam de carro, assistiam TV e tudo o mais exatamente como fazemos. Obras magníficas como Dom Casmurro mostram um contexto interessante e um tema atual, a traição, mas não é tão fácil para o leitor pegar a ideia de um cenário tão diferente. Se se diz “a rua” você imagina uma rua, com postes, asfalto e tudo o mais e não um espaço de terra. Quando se escreve uma história atual, dizemos “o carro”, “a rua”, “a casa” e o leitor já tem uma imagem, mas se é uma história de época precisamos de um algo a mais e é ai que vem a questão: Quando foram escritas, as histórias eram atuais, uma atualidade do século passado, diferente, ultrapassado.

A solução seria a criação de novos livros com a mesma história, mas em situação atual, o que não mudaria a essência do livro, uma vez que o cenário de uma boa história é só detalhe. Que tal trazer Capitu  para São Paulo ou mesmo para Cerquilho. Será mesmo que não existem Capitus, Dons Casmurros entre outros no Brasil de hoje em dia?

Para mostrar que não é difícil, podemos pegar o longa “O dia em que a terra parou”. O filme foi gravado originalmente em plena guerra fria, e contava a história de um robô alienígena que veio para a terra para acabar com a arrogância do homem e com  homem em si. Anos depois, o filme é regravado (em 2008) e agora não existem mais disputas entre EUA e URSS e nem o medo do choque entre potencias, mas o tema central (arrogância humana) ainda sim, de guerra fria para aquecimento global. Pronto, transformamos um filme antigo em um sucesso de novo e com um tema interessante e atual,compreensível até para o mais imbecil de seus espectadores.

Por que não fazer o mesmo com os livros da literatura nacional? Que por falar nisso (ainda nas obras mais recentes) ainda é nauseante. Se nosso cinema já melhorou, o que nossos escritores estão esperando?

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1 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com você literatura e chato pra cara......, seria mais facil e mais prazeroso se fossem historias antigas representadas nos dias atuais. Sinceramente, não consigo compreender a literatura nacional tão bem como compreendo a literatura internacional.